terça-feira, 31 de julho de 2012

Manifesto

Sem festa,
Sem fala,
Não me manifesto
Infesto você com o que me cala.

Amores vazios,
Abraços frios,
Não me infesto.
Sem manifestações de sentimentos vãos.

Amores que vão.
Abraços sem festa
Não fala.
Infesto de sentimentos o que me cala.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Amanhã

Amanhã desviro o sapato,
Coloco o controle no lugar.
Amanhã eu lavo a louça e arrumo o quarto.

Amanhã eu me apaixono,
Eu nego e não aceito.
Amanhã desapaixono e promovo o desapego.

Amanhã  troco o lençol,
Sonho, planejo e bocejo.
Amanhã eu acordo tarde e durmo cedo.

Porque hoje, hoje eu quero deixar para amanhã.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O Alvo

Você: uma flecha
Rápida e certeira.
Seja qual for o alvo
Sempre fere.
Como sempre, fugaz.
Que bom! Assim não sinto...

Como outras
Você passou.
Inocente indolência premeditada,
Como pôde ser tão covarde com suas palavras?
Esquecendo seus atos?

Agora,
Não lhe indultarei por sua sândice
Só lamentarei sua incúria.
Pobre flecha certeira,
Que cega continua na luta
Contra si própria.
Uma luta demasiada
Que um dia
Levará a morte do seu único alvo...
Você.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Em Palavras

Não precisa de nariz vermelho para me fazer rir,
Não precisa de cartola para me desvendar.
Só precisa ser poeta dos sentimentos e traduzir o amor em palavras.

sábado, 14 de julho de 2012

Algumas


Encruzilhadas que se tornavam labirintos,
Algumas ruas desertas,
Alguns becos repletos de casais,

Cuspiam,
Alguns sangue,
Outros álcool,
Alguns cuspiam gozo

Pessoas se encontravam
Outras desencontravam,
Alguns atrasos,
Alguns ratos
Algumas transas.

Algumas noites vazias na cidade cheia.